Minha característica autobiográfica não permite que este
texto seja diferente dos demais contos sobre minhas experiências existenciais e
sensoriais.
O natal pra mim é o último dia do ano, o último dia
importante, o último dia de verdadeira realização, pois os dias que faltam para
o Ano Novo são mera contagem regressiva para o ano que irá vir, cheio de novas
esperanças.
este dia, o 25 de dezembro, a gente celebra com preparo de
ceia, presenteando pessoas amadas, agradecendo pelas conquistas, pelos
obstáculos ultrapassados, mais o mágico, o que eu mais aprecio, é o pré Natal,
os dias antes do que vem a ser o grande dia, os dias de deliciosa confraternização
com as pessoas mais queridas e importantes da nossa vida, a realização de
atitudes verdadeiramente caridosas com o próximo mais próximo e o próximo mais distante,
ou seja, esta atmosfera de amor contagiante é o que há de melhor.
Este ano fiz trinta anos e tô me achando, ainda mais depois
de uma amiga querida, futura psicanalista da boa, Jessica Mendes, dizer - esse ano você merece muito comemorar, comemorei
de levinho,queria ter podido fazer um mega evento com direito a Buffet, porque foi
uma ano de superação, superei minhas próprias expectativas, consegui dar uma
guinada, uma reviravolta surpreendente e incrivelmente prazerosa, que se seguem
com muito desejo de conquistar ainda mais coisas, colher os frutos do que estou
plantando e não parar de sonhar nunca mais.
É estranho dizer isso, mas por um período de quase 1 ano eu
deixei de sonhar, e isto é grave, digo com toda certeza, sonhos são pra ser
sonhados e felizes são os que os realizam, mas nunca deixe de tê-los, em um
período intitulado por mim como um “limbo espiritual’ me rendi as minhas
limitações, acreditei que não era capaz de passar por cima de minhas próprias
amarras e apenas aceitei um estado de total desgosto por mim mesma, não foram
os remédios, os diagnóstico ou os efeitos colaterais físicos e psicológicos que
me impediram de seguir alegremente, embora amargamente, fui eu mesma, uma nuvem
cinza pairou sobre meu espírito aventureiro e desbravador, abafando-o,
afugentando qualquer brisa ou sopro de força de vontade.
Essa fase embaçada passou, consegui com a pequena força que
ainda me restava afastar a nuvem pra lá e voltar a enxergar o que tem de belo, e
é muito.
Eu tenho o talento de dançar pra esquecer os males, de
sorrir para acariciar minhas pessoas amadas e afugentar mal olhado, tenho os
melhores amigos do mundo (Nhás, Dezis,Flores Abrahão, Iza, Manu, Bruno...) , tenho
um marido fora de série, pais vivos saudáveis e carinhosos, um irmão que se
torna cada vez mais um grande amigo, este ano eu cravei as garras nos corações
dos já queridos e amados de outros tempos (Filipe, Luzia, Paulo), e estes foram
fenomenais de uma forma que nesta vida não conseguiria agradecer, e ainda
ganhei 4 novas flores, lindas e vibrantes, Paulinha, Maricota, Debora e
Giselle, é uma honra ter vocês comigo. Obrigada 2013!!