quinta-feira, 27 de junho de 2013

PELOS PRA QUÊ TÊ-LOS, CIÚME, PRA QUÊ SENTÍ-LO?



“Uma bióloga até arriscou a lembrar da importância dos pelos para aquecer o corpo, naturalmente, eu achei muito simplória essa função...”.
http://icommercepage.wordpress.com/2011/08/19/para-que-servem-os-pelos/
“Ao contrário do que se pensa, o ciúme é um sentimento pessoal, voltado para quem o sente”.
http://www.brasilescola.com/psicologia/ciumes.htm

Como boa mulher, sei bem o sofrimento que pelos e ciúme causam.
Incômodo, coceira, aflição, suor...
Olha a loucura! O pelo, por mais “pentelho” que seja ainda faz parte da natureza biológica do ser humano, e o ciúme, da natureza psicologicamente patológica deste mesmo ser.
Veja bem, na puberdade a mulher e o homem passam por mudanças significativas, hormonais, psíquicas e corporais, entre elas e muito marcantes, o aumento dos pelos indesejáveis por todo o corpo e da tão desejada e valorizada libido, que por outro lado nada vantajoso traz sensações e sentimentos um tanto quanto exuberantes para não dizer exagerados.
 Isso é tão fútil...o quê, a biologia? Não! Essa mania que nós temos de querer explicar e racionalizar tudo, até esse sentimento medíocre chamado ciúme.
Livramo-nos de algo natural com uma dolorosa depilação ou desconfortável raspadinha, e com os sentimentos, fazemos como? Deixamos transparecer ou abafamos. Conselho,abafa amiga, abafa, vai por mim!
Porque se você não tem senso do ridículo para se olhar no espelho e ver como esse negócio não cai bem para ninguém, então, se esconde porque é feio, é um sentimento mesquinho que leva a distorção de valores onde o amor vira posse, seu ego, um superego, o outro, um ladrão do que  nunca foi seu e você, uma louca desvairada nada legal que entrou naquela “piração” nada divertida e ainda assusta as pessoas.
Além disso tudo causa vergonha alheia, de si mesmo, rancor, ressaca moral e está intimamente ligada a uma baixa estima evidenciada. OH SHAME!
 Tô até com dificuldade de falar sério. É tudo péssimo, sentir é péssimo, fazer show por causa de uma impressão errada que você tem sobre o amor, deixando todo mundo saber dessa sua tamanha fraqueza sem cuidado algum, é triste.
Eu já senti, você já sentiu, se está sentindo e expondo, está completamente cega, mas é assim, é uma coisa estranha que toma conta da gente desequilibrando as estruturas, nos expondo ao ridículo, a uma decida de dignidade.
 Lembro-me das vezes em que fui tomada por esse mal e de ter visto outras pessoas nesta situação, são reações tão diminutas que me causam vergonha e uma sensação de despersonalização, eu não reconheço a mulher dentro de mim que deu abertura para essa outra face psicótica abafar o que tenho de melhor, meu amor próprio.
Essa adrenalina que toma conta do corpo, o sentido de alerta ligado como se você fosse uma fêmea no cio sem macho te procurando porque nem percebe que está mais preocupada em fazer o papel dele, a função que seria tomar conta de você, te conquistar, zelar e mantê-la segura, protegida e amada.
 Como se deixa alguém ser assim agindo desse jeito? Como um homem vai se sentir amado se é vigiado e não acariciado, se é coberto de desconfianças ao invés de admiração e como “DEUS DO CÉU”, como ele vai reconhecer a mulher maravilhosa que você faz o favor de esconder por trás dessa ladra de alma que só vê ameaças a sua volta e pior, que não deixa ele ser ele mesmo por medo de que seu jeito, muitas vezes simplesmente amável e simpático, seja visto como uma trapaça ou um jeito de te ludibriar.
O ciúme é um mal de quem sente, o sujeito passivo da relação uma hora vai se encher dessa psicótica controladora ou alimentá-la para se sentir mais desejado, e se isso funcionar, você entrou numa relação nociva, onde não só esqueceu de se amar, ou nunca soube o verdadeiro sentido desse sentimento. E se o objeto de seu ciúme for culpado de qualquer desventura maliciosa e enganadora, esse seu descuidar de sua própria alma não vai prendê-lo ou impedi-lo, mas é certo de que vai consumir você!
Reflita!

terça-feira, 18 de junho de 2013

EXERCITANDO A PACIÊNCIA.




É preciso força e bravura pra abrir mão do que te é mais valioso, o que antes te motiva pode ter que ser deixado de lado por algum tempo, as coisas acabam se remodelando, o tempo vai fazendo com que tudo entre nos eixos e isso requer paciência.
Ter consciência de seus próprios limites e respeitá-los é um ato muito mais corajoso por vezes que a tão aclamada rebeldia, necessária, CLARO, quando bem canalizada, para um engrandecimento espiritual, psíquico e social.
Vejam bem, quando se sofre de algum mal que te leva a uma condição estabelecedora de pausas, freios, retornos, o tal de um passo pra trás e dois pra frente, o descanso de suas próprias expectativas sobre a vida e você mesmo primeiramente forçada, não seria possível sem uma pequena paralisação, revisão, reflexão em pauta.

Mais difícil que seguir em frente é ter que voltar, observar, aprender com os erros e valorizar os acertos para continuar seguindo, é complicado, o processo evolutivo requer mudanças de posturas, será? Impulsionadas pelo futuro, pelo que falta realizar, visando progresso. Se sem olhar pra frente não se ganha, como é se o que está atrás atrasa e por uma falta de cálculo volta-se ao início da equação?
Se não curou uma doença mal tratada às sequelas causam novo quadro atenuante, se verdades não são ditas, mentiras ferem, se casos não são resolvidos, são arquivados, mas e a frustração que não nos foge, desarquive-as, muitas vezes isso é preciso para poder pegar um novo caso.

Se encher de trabalho sendo que sua primeira tarefa não foi concluída, arquitetar novos projetos com antigos abandonados e inacabados. CALMA!
É muito mais difícil se ver um touro manso que deixa-lo dar coices e chifradas, domar é o nome, de tão difícil. Taí um exemplo simples de exercício da paciência.
Dar para calar, o mimo que cala os filhos, rir pra não discutir, gritar pra não ter que formular um diálogo longo, inteligente e conclusivo.
O botão do foda-se é bem vindo, o que não é, são os rastros deixados por desleixo, preguiça e falta de autocrítica.
Quando se tem um fio solto, o equipamento não funciona. Seguir a vida sem olhar pra trás como, desse jeito, não é sinônimo de superação.
Então se cuide, interne-se, permita-se, estude, recupere sua saúde mental e física, e que leve o tempo necessário, dá medo, eu sei, sinto isso o tempo todo, mas é preciso. Supere-se, teste seus limites, aqueles que você nem sabe que consegue atingir.

“A espera sempre alcança, mas a esperança não acabará”.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Reservo-me no direito de ficar calada.




Hoje em dia está difícil praticar a introspecção. As pessoas antes tímidas, caladas hoje tem sempre algo a dizer, mesmo que esse algo não diga nada. Vive-se uma expectativa interna de se incluir na falsa liberdade que as redes sociais oferecem a necessidade de se incluir entre as pessoas interessantes que sempre tem algo divertido e interessante pra dizer, então se vê um verdadeiro diário que antes se guardava dentro de uma gaveta com sete chaves sendo publicado com a maior naturalidade. Beleza! Ótimo! Escreve e lê quem quer, e quando você não tem clima pra falar, se reserva no direito de não dizer, quando não é seduzido pelo exibicionismo cotidiano, correndo o risco de ser tachado de esquisito, estranho e sem assunto. Por mim, tudo bem.
É interessante ser comum, li uma matéria com a Ingrid Guimarães afirmando esta idéia, achei confortador poder ser comum, a vida é feita de pessoas comuns com problemas comuns, sem fama e holofotes. A beleza de ser normal, as vantagens de ser invisível (que também é título de um filme sobre um garoto que passa uma vida sem ser notado e quando finalmente isso acontece, surpresas não param de aparecer), recomendo.
Já repararam que o silêncio muitas vezes diz mais que as palavras? Digo aquelas jogadas ao vento, ao mesmo tempo em que o diálogo é essencial, o corpo também fala, os gestos, feições, rugas, o direito de se manter calado, a omissão. As palavras mal ditas trazem mentiras e dores. “Eu não quero falar sobre isso”, é uma maneira de respeitar-se, de honrar certo luto interior ou apenas um tempo que se dá a si mesmo pra refletir sem pressões e expectativas alheias, ou nada disso, apenas o direito de se manter calado.
Quando se diz e se mostra o que se sente, as reações mais importantes são das pessoas mais próximas e essas são as mais difíceis de lidar. O sentimento atrapalha o raciocínio lógico, “Freud explica”, observem só, por essas e outras, muitas vezes quando se posta um STATUS novo a maioria que CURTE é a que não está por dentro da história.

terça-feira, 4 de junho de 2013

E ESSA APOLOGIA A BELEZA QUE NÃO TEM FIM...


Quem não conhece a famosa e tão repetida frase: "Desculpe-me as feias, mas beleza é fundamental" do emblemático diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor Vinícius de Moraes.
Essa frase por muitos é interpretada como a beleza física exterior tão admirada quanto efêmera e que está longe de ser o meu modelo de beleza favorito, gosto do que é efêmero como qualquer mortal, só que prefiro a beleza poética de uma boa conversa daquelas que não terminam e sim continuam num próximo momento, como que sem fim.
Curto a beleza de se valorizar lugares e paisagens que foram construídos com o amor de quem os habita, a beleza de um amor de uma vida inteira, a beleza que se encherga no outro porque se tem beleza suficiente no seu interior, a beleza de se amar os defeitos dos seus parceiros de vida, sejam amigos, familiares, maridos e esposas, a beleza que se encherga cada vez que conhecemos e gostamos mais de alguém pelo que ele é, e a bela preocupação de se tornar uma pessoa conhecedora de vários assuntos e culturas pra enriquecer com o próximo e enriquecê-lo de você.
Não minto que adoraria ter o "padrão de beleza", que mulher, nesse mundo tão cruel onde nos é exigido a perfeição, não quer?
E é tão cansativo toda essa exigência que inclui super mãe, esposa exemplar, sucesso profissional e ainda ser ótima dona de casa(para as mulheres é mais difícil).
E tem mais, se por um acaso um dia, você mulher, foi ou é considerada extremamente bela, ainda tem que lidar com o tempo que não favorece em nada, a gravidade, o sol, o vento e as rugas de preocupação não ajudam e depois de uma vida se importando com seu exterior, nunca será tão bonita quanto já foi.
E para as que não se encaixam nos surtados conceitos de beleza tipo PANICAT, ou seja 90% das mulheres, ainda ter que lidar com comparações estaparfúrdias, inalcançáveis e descriminação com observações nada agradáveis sobre como aparenta, sabendo muitas vezes, que tem muito mais a oferecer do que algo tão fútil, é muita piração.
Não defendo o desleixo, mas não concordo com uma visão tão vazia de beleza, quando se é tão mais belo envelhecer, conversar e ter o prazer da companhia de uma pessoa agradável.
A visão do belo é boa, arranca suspiros, mas quem nunca se apaixonou pela segunda, terceira e mais infinitas vez por uma mesma pessoa rica de caráter, não sabe o que é realmente belo.
O feio bonito lhe parece, realmente a beleza é fundamental, a que vem de dentro, a outra é um simples adereço.
Pra fechar com mais um grande poeta valorizador da beleza, fico com um trecho da música Wave do Tom Jobim -"É impossível ser feliz sozinho".
E a felicidade de uma boa companhia não é sustentada por uma simples beleza física, tá mais pra metafísica.
Bjunda.